quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Casa 01 - Wandick Filgueiras

Eu sempre morei em casas alugadas, por isso mesmo, moramos (eu, minha mãe, meu pai, meu irmão e minha avó) em muitas casas durante meu crescimento. Cada casa que moramos, tem sua história particular, e depois daquele post do flamboyant vermelho, eu tive vontade de escrever um pouco sobre as lembranças que guardo de cada uma dessas casas, que foram lares para mim por algum período de tempo. Eu adoro relembrar as coisas boas do passado.
Então, vou começar com a primeira casa que me lembro bem nitidamente, a primeira casa que moramos aqui nesta cidade (João Pessoa - PB). Eu tinha 06 anos quando nos mudamos pra cá, e fomos morar nesta casa.
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Aquela casa da wandick filgueiras (esse é o codinome que usamos pra ela) era um espetáculo.

Me lembro como se fosse hoje, a casa enorme, um grande muro que por dentro tinha umas jardineiras de onde caíam arbustos floridos. Tinha umas florzinhas vermelhas pequenininhas, em formato de uma mini tulipa, que você apertava e elas "estouravam", faziam um "plic" bem engraçado.

Tinha um besouro muito feio, um preto gordo que voava zunindo, e eu morria de medo, mais ainda depois que minha vó me disse que o nome dele era "Cavalo do cão" e se mordesse a pessoa, deixava ela num sei quantos dias de febre.

Lá, eu aprendi a andar de bicicleta sem as rodinhas de trás. Foi uma grande vitória! Primeiro tirei de um lado, depois com muito esforço e um joelho esfolado consegui tirar o outro. Abaixo, eu na minha caloi cecizinha ainda com rodinhas, nessa foto eu tinha uns 5 anos, foi antes de ir morar na wandick filgueiras.



Certa feita, fui subir uma rampa que tinha no terraço, usando essa mesma bicicleta, a rampa era muito íngreme pra minha força na época, a bicicleta começou a voltar e eu acabei caindo feio. Ralei o joelho, minha mãe me levou pra botar merthiolate (que terror!!!).
Depois, eu voltei pra o terraço, e fui procurar "o tampão do joelho", que na minha cabecinha infantil tinha sido arrancado na queda por isso ficou daquele jeito esfolado.

Lembro também do meu pai tentando me ensinar a jogar xadrez. Eu achava um saco. Continuo achando até hoje hehehehehhe.
Tinha uma piscina grande, mas eu não podia tomar banho sozinha. Quando meu irmão ia com os amigos, eu aproveitava. Ele pegava uma piscininha dessas de plástico, bem velha, que a gente tinha, e jogava girando pra ela cair armada na piscina. Pronto: estava feita uma cabana marítima.

Na alfabetização, lembro da fantástica "lousa mágica", que eu comprei um dia. Era um treco rosa, feito com plásticos, você "escrevia" e depois passava um negocinho que magicamente "apagava" o desenho e deixava limpo pra você desenhar de novo. Sabem como é? ainda hoje deve existir.
Eu adorava as atividades de pintar, vinham umas folhas com desenhos grandes, "xerocadas" com estêncil, chegavam quentinhas com aquele cheiro de álcool, todo mundo ficava cheirando kkkkkkkkkk.

Depois mudei de escola, a farda era uma saia toda pregueada, ridícula, mas minha mãe achou pouco e comprou duas saias e costurou as duas juntas pra ficar tooooda rodada sabe? Eu não podia dar uma rodada que a bicha girava alto, aparecia tudo. Ainda bem que eu só tinha 8 anos.
A brincadeira favorita era Polícia e Ladrão. Mas todo mundo queria ser ladrão, ninguém queria ser polícia pra ir atrás dos outros.

E começaram as primeiras "realidades cruéis" na escola, mas isso já fica pra a próxima casa! =D A famosa casa "número MIL".

Ps. Esta casa hoje ainda existe, foi transformada em uma clínica de fisioterapia. Só mudou a parte externa ao que parece. Fica na rua do meu trabalho =P mundo pequeno...

7 comentários:

minds disse...

Recordar é viver.....

bom resto de semana

Luciana L V Farias disse...

Querida... sabe que eu estou adorando esse seu outro canto????

Ah... e amei a sua foto, quando eu tinha cinco anos usava um cabelo assim, também... :-)))

Beijocas!!!

Heather disse...

Sabe que ei tive uma lousinha cor de rosa q passava o dedo e apagava depois!
mas sempre morei nessa mesma casa... ow vontade de ir embora daqui viu!

Ana Paula disse...

Ah, sempre me mudei muito tb, mas pq meu pai era militar. A gente chama as casas pelo nome da rua delas também, nunca pelo nome do bairro ou da cidade...
Mas o "Cavalo do Cão" me trouxe milhares de recordações de Recife... Que saudade!
E vc já era linda aos cinco.
Beijos.

PS: Arrumei um emprego, sim. Não o dos sonhos, mas já é algo para por no currículo. O dos sonhos eu continuo procurando.

Logan Araujo disse...

Belo post e você tá linda na foto.
Beijos

Anônimo disse...

Desde de agosto sem postar? Ahhhhh esse espaço é lindo, suave, tua cara...não deixe de escrever por aqui.

bjs

Sarah Falcão disse...

hahahaa... eu moro nessa rua!
sei que casa é essa!